quarta-feira, 30 de julho de 2014

Aula 2 - Exercícios de Métodos de Contagem





         Vamos a alguns exercícios de Análise Combinatória para treinarmos o assunto métodos de contagem! Depois colocaremos as resoluções. Bons estudos!


1. Com os números do conjunto A={1, 2, 4, 5} poderemos formar quantos
números de 2 algarismos distintos?


2. Calcule o valor dos fatoriais a seguir:

a) 7!/3!    b) 10!/ 6!x 3!   c) n!/ (n-1)!


3. Partindo da cidade do Rio de Janeiro quatro modos de chegar a
Niterói. De Niterói para São Gonçalo tenho três modos distintos de
viajar. De quantos modos posso ir então do Rio até São Gonçalo
passando por Niterói?



4. Um conjunto de cartas tem em sua face os seguintes números
representados: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Quantos números de quatro
algarismos distintos posso formar colocando as cartas lado a lado?


5. Utilizando-se quatro algarismos poderemos formar quantos números
com o conjunto {4, 5, 6, 7, 8, 9}?


6. Se tivéssemos os algarismos 1, 3 e 5 à nossa disposição,
poderíamos formar quantos números de três algarismos distintos?


7. Quantos anagramas podemos formar com a palavra 'batalha'?


8. Na aula havia 10 alunos. O professor queria formar grupos de 4
alunos. Quantos grupos de estudos poderiam ser formados?


9. Numa tinturaria temos as cores azul, branca e vermelha. De quantas
maneiras poderemos pintar cinco vestidos se os mesmos não podem ser
pintados com mistura das cores?


10. Para uma reunião de 6 pessoas temos uma mesa circular que terão
seus 6 lugares ocupados. De quantas formas diferentes poderemos ter
sentados os participantes?

domingo, 27 de julho de 2014

Aula 2 - TÓPICO 2: PROBABILIDADE







TÓPICO 2 – PROBABILIDADE

         A probabilidade estuda a possibilidade (chance) de um evento ocorrer.
        

CONCEITOS IMPORTANTES

Experimento aleatório: são aqueles que repetidos sob as mesmas condições podem apresentar resultados diversos devido ao acaso. Ex.: lançamento de dado, lançamento de moeda.


Espaço amostral (U): é o conjunto dos possíveis resultados do experimento aleatório.  Às vezes é difícil determinar o espaço amostral de um experimento, sendo utilizadas as técnicas dos métodos de contagem. Ex.: espaço amostral de um dado: 6; espaço amostral de uma moeda: 2 (cara ou coroa).


Evento (E): é um subconjunto de um espaço amostral. Muitas vezes não nos interessam todos os resultados de um espaço amostral, então trabalhamos com subconjuntos do mesmo. Pode ser definido por uma propriedade comum aos seus elementos. Ex.: experimento é o lançamento de dados, então nosso espaço amostral (U) é {1, 2, 3, 4, 5, 6}, e seja nosso evento (E): o número da face superior é menor que 4, então o evento corresponde a {1, 2, 3}.

         Temos alguns tipos de eventos, a saber:


Evento impossível: sem chance de ocorrer (conjunto vazio);

Evento certo: chance total de ocorrer. O resultado da probabilidade será a unidade (1);

Evento união: evento formado pela união de conjuntos distintos;

Evento interseção: evento formado pela interseção de conjuntos distintos. Dizemos que eventos são mutuamente excludentes quando a ocorrência de um elimina a ocorrência do outro.

Evento complementar: é o evento relativo a um espaço amostral que ocorre quando outro não ocorre e a união deles é igual ao espaço amostral. Observe que um evento qualquer somado a seu complementar tem como resultado a unidade (1).


PROBABILIDADE EM ESPAÇO AMOSTRAL EQUIPROVÁVEL


         Consideremos que todos os elementos de um espaço amostral (U) têm as mesmas chances de ocorrer (diz-se um espaço equiprovável). Então, definimos intuitivamente a probabilidade de ocorrer determinado evento como uma razão entre o número de casos favoráveis (que é o número de casos que nos interessam) e o número de casos possíveis (que é o total de casos):




P(A) =  n (A)  

             n (U)





PROBABILIDADE DA UNIÃO DE EVENTOS (regra da adição ou regra do “ou”)

         Se tivermos dois ou mais eventos, a probabilidade que ocorram uns ou outros e dada pela interseção desses eventos.
         No caso de um sorteio e duas chances você ganha com uma possibilidade ou com outra. Por isso regra do “ou”.

a) se os eventos forem não mutuamente exclusivos ( A U B possuem elementos comuns):

P( A U B ) =   P(A) + P(B) - P( A ∩ B )

b) se os eventos forem mutuamente exclusivos (disjuntos):

P( A U B ) =   P(A) + P(B)




PROBABILIDADE CONDICIONAL

         Às vezes a probabilidade da ocorrência de um evento está vinculada à realização de outro, nesse caso estaremos diante de uma probabilidade condicional. Geralmente vem com essa expressão: “probabilidade da ocorrência de “A” sabendo que “B” já ocorreu: P(A/B).”




P(A/B) =  P( A ∩ B )  

                     P(B)



Obs.: Existem eventos que são independentes, ou seja, a ocorrência de um não depende da ocorrência do outro. Nesse caso temos que 




P(A/B)=P(A)  ou  P(B/A)=P(B).



PROBABILIDADE DE EVENTOS INDEPENDENTES SIMULTÂNEA OU SUCESSIVAMENTE (ou regra da multiplicação de probabilidades ou regra do “e”)

         Quando temos acontecimentos composto por vários eventos sucessivos (ou simultâneos) e independentes (n eventos), a probabilidade de que eles ocorram é dada pela multiplicação das probabilidades.


P = P(A) P(B) P(C) ... P(n)



Obs.: De uma forma geral temos que da fórmula da probabilidade condicional segue a fórmula em que se avalia a probabilidade de ocorrerem eventos simultâneos (ou sucessivos) que é P (A ∩ B). Para tanto basta multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P(A/B), ou seja, nesse caso o segundo evento (quando sucessivos o segundo em ordem de acontecimento e quando simultâneos se verifica qual o ‘dependente’, que será o segundo evento).  

Vejamos:



P(A/B) =  P( A ∩ B )     =>     P( A ∩ B ) = P(A/B) P(B)

                     P(B)






DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL DAS PROBABILIDADES (ou probabilidade de sucessos em tentativas independentes)


         Experimentos binomiais são experimentos aleatórios que apresentam somente dois possíveis resultados (cara ou coroa, positivo ou negativo, certo ou errado). Estará caracterizado o experimento binomial quando quisermos saber a probabilidade da ocorrência de um evento (sucesso) e do seu complementar (insucesso) em um número de tentativas pré-estabelecidas, sendo que em todas as tentativas temos eventos independentes e condições idênticas.


Obs.: na resolução de problemas de distribuição binomial verificamos diversas fórmulas em diferentes livros. Na verdade as formulações são diferentes mas o raciocínio matemático por trás é o mesmo. Através de exemplos verificaremos isso.

sábado, 26 de julho de 2014

Aula 2 - Métodos de Contagem & Probabilidade



NOTÍCIA IMPORTANTE: a data da prova do exame do PROFMAT 2015 mudou. A prova se realizará no dia 1º de novembro de 2014. Quem quiser pode conferir no sítio do PROFMAT.


·  Edital do Exame Nacional de Acesso 2015- Retificação

18/07/2014 18:50
·  Devido à realização do 2º turno das eleições no dia 26/10/2014, fica adiado para 01/11/2014 a realização do Exame de Acesso 2015. Também foram alteradas as datas dos RESULTADOS PRELIMINARES para o dia 12/12/2014, bem como a data para o PEDIDO DE REVISÃO para o período de 13 a 15/12/2014.


AULA 2 - MÉTODOS DE CONTAGEM E PROBABILIDADE



TÓPICO 1 - MÉTODOS DE CONTAGEM

INTRODUÇÃO

Métodos de contagem é outro assunto bastante cobrado nas provas do PROFMAT. Já Probabilidade é assunto que vem sendo cobrado desde a seleção para 2014, e apesar de ter tido pouca cobrança é um assunto que a prova pode vir a cobrar mais, pelas próprias características do certame. São assuntos importantes, por isso, além da nossa aula procure por mais informações e faça muitos exercícios. Ótima aula!
   
         O modo como é cobrado exige mais noções de aritmética básica e certos cuidados do que a memorização de ‘fórmulas’. Entretanto, saber certas fórmulas (que são bem simples na chamada Análise Combinatória) pode ser útil em muitas situações. Recomendamos então que o aluno abra seus horizontes para certas noções de contagem sem a utilização de ‘fórmulas’ mas que saiba também (memorize) algumas delas.


PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM (PFC)

        
O Princípio Multiplicativo ou Princípio Fundamental da Contagem:

 “Se uma decisão D1 pode ser tomada de p modos e, qualquer que seja essa escolha, a decisão D2 pode ser tomada de q modos, então o número de maneiras de se tomarem consecutivamente as decisões D1 e D2 é igual a pq.” (conceito retirado da apostila de Paulo Cezar Pinto Carvalho,    disponível no sítio da Obmep, in: http://www.obmep.org.br/docs/Apostila2-contagem.pdf.

Em miúdos, é o total de possibilidades de se efetuar uma ação completa que seja constituída de eventos sucessivos (no mínimo dois eventos sucessivos).
Alguns matemáticos ousam dizer que “toda escolha sucessiva é calculada pelo PFC.” Talvez seja exagero mas essa afirmativa por si só demonstra a importância do Princípio Multiplicativo ou Princípio Fundamental da Contagem.

O Princípio Multiplicativo pode ser ilustrado com o auxílio de uma
árvore de enumeração (ou diagrama de árvore) como a da figura abaixo:

 

FATORIAL

         Bastante utilizado na resolução de exercícios de contagem.
         Seja n um número natural, chama-se n! (lê-se: “ene fatorial”) a seguinte expressão:
n! = n (n-1) (n-2) (n-3) .... ∙ 2 ∙ 1

com n ≥ 2

 
OBSERVAÇÃO:
0! = 1

1! = 1



 AGRUPAMENTOS

         Certos agrupamentos são importantes para a resolução de problemas de contagem. Os mais destacados são os ARRANJOS, as COMBINAÇÕES e as PERMUTAÇÕES. Vamos vê-los:


ARRANJOS
        
         Arranjo é o agrupamento de n elementos distintos de um conjunto, tomados p a p, é qualquer sequência ordenada de p elementos distintos escolhidos entre os n existentes (p ≤ n). Existem também os arranjos com elementos repetidos.

         EXPRESSÕES MATEMÁTICAS DO ARRANJO:


ARRANJOS SIMPLES: 






ARRANJOS COM REPETIÇÃO:














PERMUTAÇÕES

         Permutação é o agrupamento de n elementos distintos de um conjunto é todo arranjo de tais n elementos tomados p a p com p = n. Existem também as permutações com elementos repetidos.

         EXPRESSÕES MATEMÁTICAS DA PERMUTAÇÃO



PERMUTAÇÕES SIMPLES:






 PERMUTAÇÕES COM REPETIÇÃO:

  



 PERMUTAÇÕES CIRCULARES:





COMBINAÇÕES

         Combinação é o agrupamento de n elementos distintos de um conjunto, tomados p a p, que diferem entre si pela natureza de seus elementos (a ordem não importa! Ex.: o grupo azul, verde, branco é igual ao grupo verde, azul, branco.). Existem também as combinações com elementos repetidos.


         EXPRESSÕES MATEMÁTICAS DA COMBINAÇÃO


 COMBINAÇÕES SIMPLES:





COMBINAÇÕES COM REPETIÇÃO: